Armando Dias Tavares, filho de português com brasileira, à época que os imigrantes morriam como moscas de febre amarela e tuberculose, esta última ceifando indistintamente vidas brasileiras e estrangeiras. Avesso a autopromoção e dedicado ao trabalho duro e a resultados, acreditando na capacidade dos brasileiros de serem muito mais desenvolvidos e educados do que se cria naqueles tempos, lutou por toda vida sabendo que sem isso não se consegue sair do lodaçal físico e moral reservado aos brasileiros. Passados mais de trinta anos de sua morte podemos ver, e veremos, ao longo deste breve apanhado de alguns de seus discursos e trabalhos, como Armando Dias Tavares antevia a desgraçada situação em que nos encontramos neste momento . Quanto à sua capacidade de ensinar, de ser professor e de querer partilhar, com todos, conhecimentos de onde cada um tirasse lições pessoais e citando o Padre António Vieira “De maneira que o rústico e o mareante, que não sabem ler nem escrever entendem as estrelas; e o matemático, que tem lido quantos escreveram, não alcança a entender quanto nelas há. Tal pode ser o sermão: estrelas que todos veem, e muito poucos as medem.”,e as usassem para avançar nas próprias vidas, assim contribuindo para a sociedade e para as gerações futuras. Teremos avançado ou retrocedemos? Deixo para o leitor refletir à luz dessas compiladas linhas.