A pesquisa de transição de sustentabilidade (STR) não conseguiu se envolver em quaisquer análises ou críticas significativas ao capitalismo. Este artigo argumenta que o capitalismo não é um fator “paisagístico”, mas permeia o funcionamento dos sistemas sociotécnicos de maneiras que devem ser reconhecidas tanto pela elaboração de relatos rigorosos das trajetórias de transição quanto para aumentar a capacidade do STR para apoiar futuras transições de sustentabilidade social. Este argumento é desenvolvido especificamente em relação aos três desafios da STR: a análise da sustentabilidade real das transições de sustentabilidade, a aplicação da teoria da transição aos casos no Sul Global e o movimento em direção a um futuro Str. O artigo identifica três implicações principais desse argumento no que diz respeito à interdisciplinaridade, à validade dos quadros teóricos atuais e à prática do STR. Em última análise, o artigo convida os estudiosos do STR a serem mais abertamente reflexivos não apenas sobre possíveis vieses teóricos, mas também em relação aos seus próprios papéis na sociedade.