“Os princípios da reforma não estão na moda. Eles foram uma vez, no entanto, considerados como a glória dos Presbiterianos. O tempo chegou quando todo o corpo de Presbiterianos, na Escócia, Inglaterra e Irlanda, unanimemente os subscreveu. Pela reforma civil e eclesiástica; por uma gloriosa causa pactual, milhares sangraram e morreram. No seguinte discurso tenho me empenhado a defender essa causa. Não porque é uma causa antiga; não porque muitos a selaram com seu sangue, mas porque a julgo a doutrina da Bíblia, e a causa de Cristo.”
Assim diz o autor no começo dessa obra ao defender o princípio de que o Governo Civil, assim como o Governo Eclesiastico, deve governar usando como o padrão a Palavra de Deus. Não meramente proclamando o Cristianismo, mas também agindo como um Cristão, pronto para defender a causa da Igreja de Cristo. Por mais que a visão teocratica dos puritanos não seja algo que hoje é visto com bons olhos, ainda assim esse tratado deve ser lido para entendermos como os puritanos realmente pensavam sobre essa questão crucial, pois é algo que afeta a sociedade. Não é à toa que os puritanos quisessem a Palavra de Deus reinando em todas as esferas da vida. Pois eles sabiam que com a ordem da sociedade proclamando o Cristianismo, o nome de Deus iria ser honrado. Por isso, recomendo a leitura dessa obra, mesmo que não haja concordância, pelo menos fará uma boa leitura sobre um tópico que vem sido discutido hoje em dia com mais frequência, mas dessa vez sob uma verdadeira ótica puritana.