A obra discute criticamente o percurso recente dos conselhos escolares, espaços de articulação e fortalecimento da gestão colegiada, a fim de conduzir o leitor na análise dos avanços e desafios impostos à sociedade brasileira, desde a emergência do neoliberalismo, no século passado, até as políticas ultraconservadoras que marcam os dias atuais. Para entender as políticas educacionais de gestão democrática no Brasil, são identificadas e analisadas as contradições e interesses expressos no processo de implantação dos Colegiados, no estado de Minas Gerais, e dos Conselhos Escolares, em âmbito federal. Ao vislumbrar tais contradições, o leitor terá acesso aos elementos que, pelas análises realizadas, são as fontes de sua própria superação. São as pessoas, na ação concreta, que fazem a história!Considera-se que a revisão do percurso e dos desafios históricos da educação brasileira são exigências fundamentais para que a escola e a sociedade se convertam em espaços de efetiva vivência democrática. Uma organização social fundada no trabalho colaborativo, exige mais do que informação. É necessário ressignificar o diálogo, reestabelecer as comunidades e reaprender o mundo. Tal como nos ensina Paulo Freire: “Se a educação sozinha, não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.