Por estar cercado de inimigos, Israel precisou adaptar sua realidade para poder manter sua segurança como um Estado recém-criado. Em vista disso, buscou focar sua estratégia na “superioridade qualitativa”, para que pudesse se defender a qualquer momento de qualquer ameaça. Entretanto, com a evolução tecnológica novas ameaças surgiram, tornando os governos e as instituições privadas cada vez mais vulneráveis diante deste cenário globalizado, o qual fez com que os Estados buscassem ter controle sobre uma nova dimensão espacial: o ciberespaço. Logo, intensificou-se a busca pela cibersegurança como forma de manter a integridade das informações e a integridade territorial. Reconhecendo a importância de proteger seus sistemas computadorizados, Israel anunciou o desenvolvimento da “Cúpula de Ferro Digital”. Desta forma, o presente artigo analisa o desenvolvimento de uma “Cúpula de Ferro Digital” como parte da estratégia de cibersegurança nacional israelense, e busca entender, a partir da perspectiva da teoria Realista Neoclássica, de que forma esta cúpula contribui para garantir a autonomia, soberania e sobrevivência do Estado israelense.