As relações de proximidade entre senhores e escravos favoreceram um olhar para as fronteiras do pensamento humano a respeito da escravidão e da observação de uma fronteira geográfica ainda em construção entre as Coroas de Portugal e Espanha, onde uma constante movimentação era comum. Com isso estando em uma fronteira ainda não delimitada e regulamentada, um dos possíveis mecanismos de controle se constituíram nas relações próximas de sociabilidade, sendo a alienação, a superexploração e as uniões estáveis entre cativos e as “pretensas boas relações” para mantê-los subjugados. A abordagem utilizada se organiza em uma temporalidade ocupacional que facilita a identificação da presença do negro escravizado nas terras ao sul da colônia e seu desenvolvimento no sistema escravista. As relações próximas de sociabilidade se tornaram um desafio para os negros privados de sua liberdade e explorados em seu trabalho, mas a formação da família escrava viabilizou a oportunidade de laços sociais, preservação cultural e resistência ao sistema. Isso leva a questões como: Por que os senhores deixavam casar seus escravos? Quais fatores internos e externos favoreceram para o casamento entre escravos? Esses questionamentos patrocinaram mais uma abordagem sobre o tema da escravidão, sendo elas “as relações próximas e afetivas”.