PressaNão quero embarcar na rapidez da concisão,nem matar a natureza com a pressa.Quero narra toda poesia que há nos campos, ver o sorriso da boca velha se escancarar num conto.A inocência que teima nas crianças, escapar da vaidade como encanto.A saudade que aperta o peito dos apaixonados,o longo beijo dos enamoradosvou alongar pelo papel afora.Não vou cortar do conto palavras que me encantam.Não vou deixar que a crítica me sufoque.Vou me alongar no texto até a morte.Emília Goulart