O céu estrelado de uma fria noite de outono foi o pano de fundo para o encontro entre o protagonista e Selene, que deitados, bêbados, em uma calçada qualquer, contando estrelas e experimentando o que o amor e o tesão são capazes, transformando aquela noite em uma relíquia que ambos carregam ao longo de toda a história.
Selene passa a ser, de forma involuntária, a busca do protagonista, que a procura em seus textos, em seus passos, em seus picos. Selene de procura passou também a procura-lo em seus sonhos, em suas crises, em suas ilusões.
O amor tanto procurado na rotina, nas ruas, na sala de estar, na religião, na falta dela, nos remédios tarja-preta, bebidas, bebedeiras, baseados, doces, picos, voyeurismo, sexo, ménages, ou até mesmo naquela planta, crescendo entre os azulejos e o concreto da cidade, é encontrado quando não devia mais existir. Mas não se engane Relicário não é apenas mais uma história de amor, é sobre a procura do amor em uma sociedade divida e entorpecida pelo ódio.