O autor, filho de importante e renomado palestrante espírita, é formado em duas faculdades de ciências naturais (química e biologia). Nos últimos 10 anos, passou a questionar muito suas crenças, resultando em sua saída da doutrina espírita e, entrada no mundo dos fatos, do concreto, das ciências. Não se tornou um ateu, mas um agnóstico, e usa essa obra para mostrar como foi essa transformação. No que realmente acreditamos? Tudo que está ao nosso redor, toda a nossa vida desde nosso nascimento até nossa morte, é baseada em fatos e em fábulas. Para uma vida mais racional, ele acredita que é fundamental eliminar as “fábulas reconfortadoras” e encarar de frente os fatos, que nem sempre serão lindas histórias. O questionamento é a maior virtude que um ser humano tem a sua disposição, para fazer de sua vida uma conquista diária de novos objetivos, novas formas de ver a tudo e a todos. Desde reflexões nietzschianas, passando pela necessária relação com nossa inevitável morte (e dos nossos), influência do cristianismo em nosso cotidiano e muitas outras, o autor tenta nos passar a segurança de que é possível viver muito bem sem ter nenhuma crença em coisas sobrenaturais. “Eu não quero acreditar. Eu quero saber”. Essas emblemáticas palavras ditas por Carl Sagan, abrem a obra como um cabeçalho direcionador de seu grande objetivo e foco. O questionamento é uma virtude. E o conhecimento, uma libertação.