Em Como ser um líder poderoso sem ter sede de poder, Alex Cardoso traça o perfil de um “líder” eclesiástico chamado Diótrefes, uma figura caricaturesca pouco conhecida e explorada por pregadores e mestres nos púlpitos de nossas igrejas. Trata-se de um “pastor” local citado no Novo Testamento, que celebra o seu próprio nome e reúne os sinais e sintomas que determinam um comportamento doentio, caracterizado pela prepotência e altivez de espírito.
Diótrefes é um pastor autoritário, cujo falar áspero causou um enorme dano às suas ovelhas; o assédio moral praticado por ele inibiu o crescimento da sua igreja e favoreceu a atividade do diabo dentro dela. É crucial que os pastores vejam que este tipo de liderança abusiva entristece o Espírito Santo. Qualquer líder sem humildade, que fale arrogantemente e em termos absolutos é, certamente, um “portador” da síndrome de Diótrefes, ainda que não saiba ou queira admitir. Um pastor pavoneado, que quer sempre brilhar, exibir-se como pavão, que não sabe como lidar com as pessoas, que diz repetidamente ‘eu sou’, ‘eu mando’, ‘eu posso’, não deve ser um pastor.
O poder tem a capacidade de “cegar”. E mesmo que ele comece como meio de alcançar um fim, logo se torna um fim em si mesmo. A compulsão de nossa cultura pelo poder tem cativado até mesmo pastores bem intencionados. E este livro foi escrito exatamente para aqueles que querem se precaver da ilusão do poder e do poder da ilusão.
Líderes há que só pensam em si mesmos e usam o nome de Deus para “legitimar” seus atos absurdos, como forma de ocultar as suas intenções personalistas, suas buscas disfarçadas de compensações financeiras e sua insaciável sede de poder.