O embasamento enciclopédico, a eficácia comprovada no tratamento das psicoses e neuroses e a capacidade de explicação irrefutável para o fenômeno psíquico das perversões, com a sua inevitável incompetência perversa para a resolução do conflito existencial, dão suporte estável e confiável à teoria da pulsão. Seu abandono, como referencial para o estudo da Psicanálise, se dá por atuação da pulsão destrutiva e resulta em ônus para a Comunidade.Como explicar o comportamento humano? A psicanálise, a partir da sua experiência clínica na área da psicopatologia, da observação rigorosa e exaustiva dos fenômenos psíquicos, e do estudo enciclopédico de produções culturais do ser humano chegou, naturalmente, à teoria da pulsão.O estudo da psicopatologia mostra a existência de um extenso material psíquico que não pode ser (re) tornado consciente, embora esteja intensamente ativo, sob qualquer sintoma, de qualquer transtorno mental.A teoria da pulsão explica todos os detalhes, de todos os processos psíquicos que podem ocorrer. Suas conexões intrínsecas, suas características essenciais, sua refinada lógica, sua finalidade e suas possibilidades de estatuição prioritária. Como vimos, não pode existir qualquer dúvida de que o abandono da teoria da pulsão e o consequente desprezo pela teoria do desenvolvimento da libido se devem a motivos, digamos assim, falsos e carentes de desígnios construtivos…E, em flagrante resistência aos fatos que se confirmam em cada tratamento psicanalítico efetuado. Mostrar a decisiva importância epistemológica da Teoria da Pulsão, de Freud, é a principal motivação para este nosso trabalho.Um trabalho que elenca sessenta conceitos componentes da teoria da pulsão, de Sigmund Freud, a partir de um rigoroso rastreamento conceitual e do estudo de vinte resenhas críticas de Textos de Freud que são correlatas a esses conceitos, mostrando toda a pujança, confiabilidade e indispensabilidade da TEORIA DA PULSÃO DE FREUD, enquanto paradigma único e insubstituível para a teoria psicanalítica.