Falar da Graça de Deus é lembrar de que foi por meio do favor divino que não perecemos na ira, nem continuamos caminhando rumo a perdição eterna. Porém, a graça de Deus, deve ao mesmo tempo, ser estudada, compreendida e contemplada; ser vivida, desejada cada vez mais, ser para nós o meio pelo qual vivemos, pelo qual nos santificamos, pelo qual agimos e andamos. O mesmo Deus que resolveu nos salvar, não somente resolveu, mas realizou toda obra, perfeita, completa e justa; e nada mais precisamos fazer, nada mais precisamos a não ser estender as mãos e receber de graça, aquilo que Cristo com seu sangue pagou. Qualquer busca humana em seus próprios meios é vão, qualquer ato humano por melhoria partindo de si mesmo piora ainda mais, qualquer tentativa de progresso espiritual por esforços próprios resume-se em fracasso; o homem deve entender que não consegue nada bom, que sua força é inútil, mas que a graça é eficaz e suficiente; e que assim sendo, por meio da graça somente, a busca será concluída ao encontrarmos o que procuramos em Cristo, os seres humanos vão melhorando em conhecimento e em maturidade na fé, em santificação e em piedade; e seja espiritualmente, seja em todos os demais aspectos da vida humana (mente, ações, etc), tudo quanto é do homem, por meio da graça, é transformado e inclinado para Deus, sem necessidade dos esforços humanos, nem de suas penitências, uma fez que a graça é suficiente e eficaz, e por meio dela, ganhamos salvação. Por tanto, a graça é necessária para nós, em todo relacionamento com Deus e vida cristã; a graça é suficiente para realizar toda obra em nós, uma vez que não podemos fazer, e a graça é eficaz em cumprir em nossa vida toda obra de salvação, transformação e santificação. Esta reflexão tem como objetivo nos levar a conhecer mais sobre a graça de Deus, e a desejar cada vez mais, pela atuação dela em nossa vida.