Jovem e boa pinta, Charlie tinha bons empregos, se vestia bem, frequentava bons lugares e fazia muito sucesso com a mulherada na maior cidade do Brasil. Para muitos seria o máximo, para ele era pouco. Correr riscos e sentir adrenalina por cada poro de seu corpo eram suas verdadeiras premissas. Queria cair no mundo, ou melhor, no primeiro mundo e beber o néctar do sucesso no cálice de sua ousadia. Seu seguro de vida seria seu senso de improviso. Quando o acaso lhe apresentou o fascinante, perigoso e altamente lucrativo mundo do pó branco como passaporte para a Califórnia, não pensou duas vezes. Atirou-se de cabeça com todo ímpeto de sua alma e toda capacidade de seu cérebro na maior jornada de sua vida. O desfecho pouco importava.