O fim do caminho às vezes é um recomeço. É assim que a vida surpreende Murilo. Prestes a abrir mão de si mesmo, ele se sente desamparado e lidando com problemas que parecem pesados demais para continuar carregando. No topo de uma ponte, ele está no ponto emocional mais baixo que poderia alcançar, quando a rotina de Leandro resolve desviar o rumo e colocar os dois no mesmo trilho. Percebendo a importância de ser presente, Leandro resolve mostrar caminhos alternativos para qualquer destino, tentando despertar em Murilo a esperança de dias melhores, possibilidades e a certeza de uma ajuda brilhante em qualquer céu nublado.
“Apoiado em sua delicadeza e sensibilidade caracteríticas, ele faz de “fica por aqui” um conto atual e pertinente. Mais do que isso, necessário. Augusto transita entre falhas, tristezas, arrependimentos, frustrações e algumas possíveis quedas. Tudo é real, tudo é intenso. Dói ver que dói e que somos uma sociedade calada, despreocupada. Sendo assim, a história de Murilo funciona como um grito de salvação para nós mesmos, enquanto seres humanos perfeitamente capazes de levantar a cabeça para o alto e enxergar o outro, estendendo a mão para dizer: por favor, fica por aqui.” – Pedro Guerra