Já não é novidade para ninguém as diversas teses que surgem e se repetem com diversas roupagens e de autoria de supostos especialistas em segurança pública no sentido de reduzir as forças bélicas da polícia, avançar o desarmamento civil e tratar criminosos cada vez mais como vítimas da sociedade, do sistema ou como coitados do acaso.
Essa dicotomia entre o criminoso e o cidadão comum de forma forçosa – como se o criminoso fosse fruto de uma nova espécie humana – tem origem puramente ideológica, com abuso de métodos dedutivos e sem compromisso com a cientificidade. Mas a pergunta que surge é a seguinte: como ideias como essas surgem com tanta força e credibilidade na área da segurança pública, do Direito Penal, da Política Criminal e da Criminologia? Por onde encontra aceitação? Qual o caminho percorre até contaminar por completo o sistema de justiça penal brasileiro?
O objetivo deste E-Book é responder essa e outras questões. Não temos a pretensão de esgotarmos o assunto, mas de ao menos provocá-lo à entender e se aprofundar no tema. Trata-se de uma luz sobre as trevas ideológicas que impregnam o sistema de justiça penal.