Depois de perder a mãe, o narrador convida seu pai para juntos chegarem ao topo de uma montanha. Será uma jornada de paz, entendimento, redescoberta e amor. Sobretudo, amor.
“Depois que mamãe morreu, convidei meu pai para subirmos juntos até o topo da montanha.— Não é má ideia — disse ele sorrindo, embora tivesse os olhos murchos e a voz um pouco enfraquecida.Sugeri que fôssemos logo no dia seguinte. Deveríamos usar bonés e tênis de caminhada, mochilas com mantimentos, repelente e protetor solar. Conforme ele balançava a cabeça para memorizar os itens da expedição, perguntei a mim mesmo por que não fiz o convite antes. Pensei em mamãe. Não seria certo subirmos a montanha enquanto ela agonizava num leito de hospital.Despedi-me do meu pai com um aperto de mão.— Até amanhã — respondeu ao me abraçar.Fui para casa e passei por uma noite cheia de sonhos que esqueci ao acordar.Quando vi o azul do céu pela janela, peguei minhas coisas e voltei para a casa do meu pai. Ele estava esperando na frente da garagem. Embarcamos no seu carro — um Dodge Charger 1979 que não deixava ninguém dirigir — e tocamos para o parque florestal. Em vez de ligar o rádio, ficou assobiando os acordes de uma antiga canção. (…)”
Este conto faz parte da Coleção Identidade. Saiba mais em www.amazon.com.br/colecaoidentidade