Nós estamos cercados por milagres criados no setor privado, particularmente no universo digital, e ainda assim não os apreciamos o bastante. Enquanto isso, o setor público está sistematicamente emperrando o mundo físico de maneiras sorrateiras, com as quais deveríamos nos preocupar.
Jeffrey Tucker, em No Mundo dos Jetsons, destina sua atenção a ambos. Ele nos lembra o quanto os produtos do capitalismo digital são incríveis — a maioria deles melhor que qualquer coisa que os criadores dos Jetson sequer imaginaram.
No entanto, o ritmo da mudança é estonteanto. O mundo está sendo reinventado no nosso tempo de vida, todo dia. E e-mail foi a principal forma de comunicação remota por uns 20 anos, e foi ultrapassado pelos aplicativos de mensagens há apenas cerca de 10 anos. Hoje, é apenas destinado a correspondências mais formais. E ninguém usa o telefone a menos que uma ligação tenha sido agendada previamente.
Estranhamente, dificilmente alguém se importa, e menos gente ainda se importa com a força institucional que torna todo esse progresso possível — the market economy. Em vez disso, nós apenas nos ajustamos à nova realidade. Há até mesmo quem fale de uma “fadiga de milagres”— muita do melhor, o tempo todo. Na verdade, esse novo mundo parece ter chegado sem muito alarde de qualquer forma.
E por que? Nós absorvemos as coisas incríveis e sequer pensamos muito sobre a fonte que as produz. Nós não apreciamos o mercado.
O mundo “jetsoniano” de inovações rápidas é o nosso mundo, mas com uma diferença essencial — e não é pelo carro voador, que já poderia estar por aí se não fosse pela promoção governamental de estradas e pelo planejamento central do transporte. É por isso: nós também vivemos em meio a um estado leviatã que procura controlar cada aspecto da nossa vida até o mínimo detalhe. Isso é o que tem estado no nosso caminho.
Como um bom e incisivo senso econômico e uma sagacidade indelével, esse livo vai inspirar o amor pelos mercados livres — e ojeriza ao governo.