Antes de se tornar um psicopata perigoso, na sua infância, quando Jacob de Oliveira ouvira seu pai urrar, Rodamoinho! esta palavra soara feito o ranger de um esqueleto morgue aos seus ouvidos, o diabo, tempos depois, soprara-lhe outras. Nunca comemorara aniversários com amigos. Não teve amigos! A mãe morrera de doença ruim e, o pai jamais o chamara de filho, toda prole ― uma mulher e três homens ―, era tratada como bicho de jaula. Na única história que ouvira aos nove anos de idade, Jacob estava de cócoras no meio da plantação de batatas, o pai de pé, com as mãos apoiadas na enxada o amedrontava dizendo-lhe que o rodamoinho arrastava para bem longe das vistas, numa imensa árvore escura, toda droga de pirralhos e animais inúteis, e ria – Rodamoinho!