A DIVISORA DE ÁGUAS TROPICALISTAS
A década de 60 foi caracterizada por grandes mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais. O cenário musical brasileiro também foi afetado, principalmente com a forte influência da cultura estrangeira que chegava em nosso país.
Algumas características musicais do exterior começavam a alcançar o Brasil, ganhando rapidamente seus adeptos, como Caetano Veloso, enquanto outros, como Elis Regina, consideravam essa influência uma ameaça.
O elemento escolhido para representar essa “invasão” foi a Guitarra Elétrica.
Então, no dia 17 de julho de 1967 veio a acontecer a “Passeata Contra a Guitarra”, um protesto organizado por aqueles que eram contra a “invasão” da música estrangeira no Brasil.
Porém, foi após essa passeata que o movimento que viria a ser conhecido como “Tropicalista” começou a ganhar uma força maior. Os antes rivais grupos de músicos deixaram de lado suas diferenças e uniram-se para tocar nos mesmos festivais, e então a Tropicália começou a conquistar o seu lugar de maneira mais visível.
Tendo provocado a união dos artistas conservadores com os tropicalistas, podemos ver a “Passeata Contra a Guitarra” servindo como um divisor de águas, deixando claro as diferenças entre esses dois grupos e nos mostrando melhor como esse movimento conseguiu ganhar força e crescer.