O livro está dividido em seis partes com seus dezessete capítulos e um pós-escrito. A primeira está composta por uma apresentação e pelo primeiro capítulo, onde trato de um histórico da política mundial, em particular do continente americano, nas últimas décadas, abarcando as diferentes ondas de governanças políticas na região, desde as neoliberais, as reformistas e, nos últimos anos, as conservadoras. Todas plutocráticas. Cito, ainda, a forte onda de protestos populares em contrário a todos os partidos políticos e a todos os governantes nos derradeiros anos. Também trouxe dados que tratam da desconfiança dos governados com relação às instituições políticas e da plutocracia representativa. O objetivo desse capítulo é confirmar que as histórias políticas de Brasil e Venezuela estão enquadradas em um contexto mundial. Nas partes dois e três do livro, apresento o histórico-comparado das plutocracias e da regulação trabalhista no Brasil, desde as primeiras leis até a governança política de Michel Temer. Ofereci especial ênfase às governanças políticas petistas, tendo-as como epicentro, passando por uma importante comparação interna com o legado do varguismo, o retrocesso da Ditadura Militar-Plutocrática-Desavergonhada, o avanço da Constituição de 1988 e, por fim, os exemplos de “Plutocracias Neoliberais Desavergonhadas” tucanas e emedebistas. Logo, a parte dois está dividida em seis capítulos dispostos da seguinte maneira: no capítulo dois, introduzo o tema com uma importante discussão bibliográfica/historiográfica sobre diferentes correntes interpretativas da relação capital-trabalho. Com efeito, poderemos identificar os múltiplos princípios teóricos-metodológicos das interpretações liberais, sociais-democratas e marxistas para o nosso objeto de estudo. Esse introito visa permitir ao leitor a compreensão, por uma perspectiva comparada, da filosófica anarquista de análise, divergente das demais.No terceiro capítulo, apresento os antecedentes históricos da plutocracia e da regulação trabalhista no Brasil, priorizando o que chamo de nove governanças/opressões sociais. Para tanto, comecei com a descrição da coação capitalista que imputa aos governados a se subjugarem aos governantes; também discuto a relação governantes-governados durante o Império e a Primeira República. Aqui, trago algumas fontes que mostram como as associações coletivas dos industriais clamaram pela intervenção do Estado na relação entre capital e trabalho, antes de 1930, desmistificando ideias em contrário. Ainda na parte dois, exibo o capítulo quatro, no qual discuto a regulação trabalhista na “grande” Era Vargas, entre 1930 e 1964, quando foi instituída a CLT. Classifico o varguismo como uma “Plutocracia Corporativista Estatal”. Nos capítulos cinco e seis, apresento uma crítica à Ditadura Militar-Plutocrática-Desavergonhada (1964-1985) e às suas diferentes interpretações teóricas. Também perscruto as principais alterações na regulação trabalhista no período. No sétimo capítulo, debato a chamada Nova República, quando a governança política passa para o controle de civis; todavia, a Ditadura Plutocrática-Militar-Dissimulada continua sobre negros, pobres, favelados, indígenas, LGBTQIA+ e contestadores do sistema. A parte três é dedicada a discutir as governanças políticas petistas como epicentro. No grande capítulo oito, privilegio uma importante comparação entre as governanças políticas tucanas (PSDB-MDB), 1995 a 2002; petistas (PT-MDB), 2003 a 2016; e emedebista (MDB-PSDB), 2016 a 2018. Assim, pude identificar semelhanças, diferenças, mas, sobretudo, continuidades.A parte quatro do livro trata da História política da Venezuela desde o início do século XX até o governo Maduro. Destaco a importância do petróleo para a economia e as lutas sociais por direitos. O pacto de Punto Fijo e as ditaduras Venezuelas são problematizadas. Por fim, concluímos com a comparação dos acontecimentos nos dois países, onde tratamos também do significado dos golpes lá e cá