A consciência é um fenómeno mal compreendido de sistemas biológicos com uma certa complexidade, e há quem sustente a possibilidade de poder vir a ser uma propriedade de certos organismos artificiais. Alguns autores acreditam que pode emergir do substrato físico, ser uma ilusão ou um mero epifenómeno pelo que, teoricamente, nada obsta a que possa ser instanciada, uma vez compreendidos os mecanismos que a fazem surgir. Para outros, entre os quais me incluo, a instanciação da consciência em organismos artificiais não é possível, uns porque a consideram irredutível ao físico, outros porque a situam em planos transcendentais. Parte-se da ideia de que a consciência fenoménica não é processamento de informação, e de uma intuição a priori de que não é uma propriedade emergente do substrato físico, e que talvez só seja possível em determinados organismos biológicos.