“O poeta é o descobridor da experiência; através dele, outros aprendem a reconhecê-la como experiência também deles e, por meio da expressão que ela afinal encontrou, chegam a assimilá-la.” (Ernst Fischer)
O epílogo do livro traduz a intenção do autor: descobrir a experiência e apresentá-la como uma janela que incita a comunicação entre os seres humanos.
A centelha é obra que experimenta o ápice das sensações, traduzindo em poesia cores, movimentos, sentimentos, pensamentos, imagens, desejos, receios e conquistas.
As poesias do livro caracterizam três fases distintas de maturidade:
No início, um romantismo ingênuo, feroz e sedento.
Mergulho, em seguida, nos emaranhados trilhos da busca do autoconhecimento.
Por fim, desaguo na percepção da vida como ela é: belas em todas e cada uma de suas manifestações.
A centelha dialoga constantemente com estímulos sensoriais dos opostos, de modo que, transitando entre extremos, vislumbre a edificação individual como pressuposto para a harmonia social.
O livro nasceu como um despertar em que passado, presente e futuro confundem-se e se entrelaçam formando correntes cujas temáticas puxam-se umas às outras a desembocarem em Eros, o anjinho saliente que voa e atira suas flechas nas pessoas e nas coisas do mundo, conquistando-as e confidenciando as maravilhas da centelha da Criação.