“Confraria dos Ratos” não defende visão alguma política, é um romance que aposta na soma das contradições para entender nossas angústias políticas. O personagem central, “Ausente”, é também a encarnação das mais diversas ideologias e tragédias políticas.Entre o fantástico, exagero, grotesco e realidade sombreada pelo medo, se passa a história de personagens cerceados até das suas emoções mais íntimas. Um partido totalitário e insano, um líder político adorado como deus, povo submisso e cidadãos corruptos são os ingredientes que usei para criar a não sociedade da Urbem Angeli, cidade fictícia, mas que tem muito de nossas cidades, desse Brasil que pouco se reconhece como nação, como se cada estado fosse em si um país.