Em “Francesco – A Jornada de um Pintor de Almas”, o protagonista enfrenta diversas dificuldades em sua vida até se consolidar como um iminente artista plástico na Itália renascentista. A cegueira não o limitou para que observasse a realidade, tendo em vista que o herói consegue detectar tonalidades de cores “invisíveis”. Somente o jovem pintor enxerga essas variações imperceptíveis para um sujeito comum. Isso só é possível, devido ao fato de Francesco enxergar não com os olhos físicos, mas com os olhos da alma.
Esse contato inusitado com as cores fez o jovem artista conhecê-las de modo profundo, entendendo o significado de cada tom cromático a ponto de saber o poder e influência de cada cor sobre as emoções humanas, possibilitando produzir quadros que tocam na alma do observador.
O autor, Agnaldo Alles, se destaca como um escritor que explora os aspectos da mente dos personagens de forma minuciosa, mostrando ao leitor que, por mais que o sujeito se torne adulto, suas experiências passadas, sobretudo as infantis, continuam ativas no inconsciente, esperando uma pequena pincelada colorida para serem despertadas.Nas páginas deste livro inovador, o leitor perceberá que as crises existenciais humanas são mais envolventes do que a nossa vã filosofia deduz.