Cheio de humor, mas também de referências eruditas, o livro passeia por diferentes gêneros: viagens, memórias, dicas culturais e gastronômicas, ensaio e até auto-ajuda. Oferecendo uma leitura leve, embora proponha indagações existenciais profundas, o livro conta com as ilustrações de Bruno Liberati para a diversão do leitor.
Bairros famosos de Nova Iorque, como o Greenwich Village e o Soho, formam o centro do périplo da narradora e do seu “marido Carlos”, sempre metidos em hilárias aventuras. Eventos que mudam o cotidiano da cidade, como os recentes furacões, a reeleição de um presidente, movimentos sociais, como o Occuppy Wall Street, são paradas obrigatórias do casal.
Parques, casas noturnas e artistas que marcaram os bairros onde os personagens perambulam merecem especial destaque. Os trajetos resultam numa crônica bem humorada da cidade de Nova Iorque, muitas vezes comparada com o Rio de Janeiro, onde a autora nasceu e se fez adulta.
A opção pela falta de apego a um gênero literário determinado é assim descrita na introdução do livro: “Se o leitor for chegado a roteiros turísticos, pode considerá-los como um livro de viagens. Se estiver com problemas corpóreos, em fase de reabilitação, física, psíquica, espiritual ou anímica, pode transformá-los num manual de autoajuda. Se necessitar de um pouco de humor na vida, esses diários de bom grado lhe oferecem sua veia cômica”.