A teia literária desta obra ocorre no futuro, que é o seu presente. Os acontecimentos atuais, alguns ainda em fase de processamento, assim como os de futuro próximos se transformaram, por capricho do autor, em passado. O narrador procura engendrar semelhança entre a verdade histórica e a literária, que nem sempre é real. Nesse confronto de ideias, peleja entre o que é e o que poderá ser; as diversas situações se modificam, nascendo a possibilidade de uma realidade mais rica em detalhes. O cerne do enredo é a seca, suplício do sofrido povo nordestino. O tecido literário confunde o real com o imaginário; a esperança, brotada de promessas políticas, se transforma em desilusão. A religião – devoção e algumas vezes paliativo – cede lugar ao surgimento de novas crenças, buscando novos alentos espirituais ou mais desesperanças.