Delineia-se neste ensaio um breve panorama histórico em torno da noção de realismo nas artes visuais para definir, ao final, o que seria o antirrealismo. O argumento perpassa, em sobrevoo, diferentes períodos e contextos: da mímese grega à arte romana, da assimilação renascentista à releitura barroca, da derrocada clássica ao realismo moderno, da abstração das vanguardas ao pós-realismo. Defende-se, por fim, que o antirrealismo não é o inverso do realismo. É antes uma “nova roupa do rei” que, no entanto, permanece realista.