Por volta do ano 400, um autor anônimo se faz passar pelo sacerdote Piônio de Esmirna (morto em 250 d.C.), escreve uma vida de Policarpo. E insere nela o texto completo, autêntico, da carta da Igreja de Esmirna endereçada à Igreja de Filomélio em 155 d.C., relatando o martírio de Policarpo.
Trata-se de um texto, no gênero literário epistolar, escrito logo depois da morte de Policarpo (+- 150 d.C), endereçado à Igreja de Filomélio.
Este é o primeiro texto cristão que descreve o martírio, e também o primeiro a usar este título de “mártir” para designar um cristão morto pela fé.
O texto parece ter sofrido influências de narrações semelhantes do judaísmo de II e III Macabeus.
De fato, parece ser um texto tão importante que leva J. Lebreton a afirmar: “O historiador das origens da religião cristã não poderia desejar um texto mais autorizado”.