“Lendo poemas/ escutamos/ os nossos/ próprios/ versos”, escreveu Paulo Madureira.Como soariam nossos versos, nós, que não os escrevemos?Em mim, evocam imagens.Os poemas do Paulo não pedem ilustrações, sustentam-se sozinhos.As fotografias também. Mas podem dialogar, concordar, provocar, jogar um jogo.Se o poema se confronta com a imagem, os dois se modificam e criam uma terceira margem.Por sua vez, de frente para o poema, a imagem é por ele alterada.Esse é o jogo.Pode-se fazer uma brincadeira ou uma aposta.Eu fiz uma brincadeira.O Paulo é mais sério, acho que ele fez uma aposta.
Glória Catiste