Escrever é aprender. Nunca, depois de vinte anos de Espiritismo, poderia imaginar o quanto aprenderia escrevendo este livro. O conceito de caridade foi a grande descoberta. Duas coisa me chocaram: sua grandeza e minha ilusão, eu pensava saber o que era caridade. Grande engano. Agora entendo tantos depoimentos que ouvi de amigos espirituais ao relatar o quanto o desencarne abre fronteiras da compreensão. Tudo muda radicalmente, dizem eles. Não me refiro aos que viveram iludidos com os prazeres e buscas materiais, mas àqueles que buscaram sinceramente espiritualizar-se e, em larga medida, conseguiram. Hoje, após descobrir que quase nada entendia de caridade, vivo uma maravilhosa e empolgante aventura: muito, muito há para aprender! Não porém, sem um tanto de medo e, digamos, humildade, pois é duro reconhecer como estava longe da verdade. Uma coisa me tranquiliza e sustenta: tenho o Espiritismo, guia seguro para profundar meus conhecimentos e me orientar emocionalmente no mundo. Isso é mais valioso do que nunca.Perdoe-me esta introdução um tanto pessoal. Ele se justifica, penso, apenas por me faltar outras palavras para preparar aqueles que, como eu, pensam entender o sentido profundo da caridade. O Espiritismo é a maior revelação do mundo não no sentido de superar as outras grandiosas revelações, mas porque ele nos ensina a ver o valor da Sabedoria Eterna presente em cada revelação: é o revelador da Doutrina Secreta como afirma Léon Denis.