Como se organizou o governo no pós-25 de Abril? Que diferenças existem na coordenação de políticas em governos de coligação e governos monopartidários? De que forma é que o poder do Primeiro-Ministro se tem alicerçado e consolidado desde 1976? Houve uma presidencialização do poder executivo em favor do Primeiro-Ministro em Portugal? Quais as consequências do aumento do poder do executivo para os partidos do arco da governação? O presente livro procura responder a estas questões através da análise do processo de coordenação dos sucessivos governos portugueses, entre 1976 e 1995. Essa análise dá uma perspectiva nova dos caminhos da governação em Portugal e das suas consequências para a qualidade da democracia do país. “Nesta tese de doutoramento, Marina Costa Lobo aborda um tema inexplorado até hoje: o funcionamento do governo. O período de duas décadas que ela escolheu é muito rico e interessante, pois conheceu várias experiências parlamentares, governamentais e partidárias. O leitor é conduzido através dos circuitos de decisão e de feitura das leis, com o que revela, ao académico e ao leitor comum, um dos processos mais complexos e por vezes mais misteriosos das sociedades contemporâneas. Fica a Academia mais rica. Ganham os cidadãos em sabedoria.”António Barreto, Instituto de Ciências Sociais“”Este estudo notável sobre o executivo português é o primeiro a articular uma análise do enquadramento institucional e legal do governo português com um avaliação fundamentada, em parte baseada em entrevistas em profundidade, sobre a importância da evolução do sistema partidário para o desenvolvimento do poder do primeiro-ministro em Portugal. Será uma referência indispensável não só para aqueles que estudam o sistema político de Portugal, mas também para os que se interessam por estudos comparados do executivo e dos regimes semi-presidenciais.”” David B. Goldey, Universidade de Oxford”