A feira dos discos é um livro reportagem sobre as pessoas e os lugares de interação da cultura do vinil em Aracaju: Seu Quirino, Freedom, João dos Discos, Distúrbio Sonoro, Cine-Foto Walmir, Cantinho da Música, lojas de rock, Feira das Trocas, colecionadores e tantos outros atores desta cena.
Antes de a música passar por Deezer, Spotfy, Youtube e outros canais de streaming, passou por fonógrafos, gramofones, vitrolas, alto-falantes, pickups, LPs, compactos, acetato, lathe cuts, carnaúba, goma-laca, agulhas, chapas, cilindros, K7’s e o pai do ‘apocalipse do vinil’, o CD. As lojas de disco, sebos e os vendedores de rua são os continuadores dessa liturgia, onde a ancestralidade da conexão sensorial musical não perdeu-se ante as novas práticas realizadas no meio digital, desempenhando valioso papel ao preservar diversos aspectos da memória musical cultural da própria humanidade.
Para o artista, e, por conseguinte, para os demais atores deste segmento da indústria da música, resta o castigo de Prometeu. Não, aqui não contaremos nenhuma tragédia grega. Nesta feira dos discos contamos um pouco da história dos que transformaram em pão o vinil que o Diabo amassou.
André TeixeiraAracaju, outubro de 2018