Você tem 61 anos de idade, mas aparenta 70 e se sente com 90. É professora aposentada, ensinou por décadas, sem nunca ter tido vocação, detestando crianças. É viúva de um marido beberrão e farrista, cheio de mulheres. Você se acabou em vida e se arrasta na rotina monótona, esperando a morte um dia chegar.Mas eis que de repente alguém assassina o seu vizinho de frente. E você descobre. E então invade a casa da vítima antes de chamar a polícia. E se adona do corpo, se adona do caso, examina, investiga, fotografa com o celular, passa as fotos para o computador. E começa e descobrir um monte de indícios que a polícia não consegue perceber depois, quando enfim você a chama.Mas é aí que aparece um detetive de polícia diferente, que acaba formando uma dupla impensável com você. E você descobre que é uma tremenda de uma investigadora, descobre que essa é a sua verdadeira vocação. Você e ele transformam a investigação num avanço trepidante cheio de reviravoltas, onde, cada vez mais, o seu cérebro privilegiado de professora vai decifrando todos os mistérios. Para, no fim, descobrir que o suspeito é o matador, mas não é o assassino. Para, no fim, chegar ao novo começo. Onde a professora vira detetive profissional, onde a professora descobre a glória do amor enfim. A professora agora segue com 61 anos, mas aparenta 40 e se sente com 30. Tudo ao som do blues, que seu amado compõe e executa para ela ao saxofone, o seu Pirabeiraba Blues. Ah, o Amor… Como ele remoça as pessoas!