O abuso das Escrituras atinge proporções gigantescas no cristianismo que crê na Bíblia. O autor afirma que esse problema é consequência de um método interpretativo errôneo. Enquanto o estudo da Bíblia deveria ter como objetivo a descoberta do significado pretendido pelo autor para sua audiência original, a Bíblia agora é considerada um livro de recursos para atender às necessidades sentidas pelo leitor ou para provar as ideias próprias do leitor. Assim, a Bíblia é transformada em literatura mística e devocional; uma coleção de dicas para a vida; um livro de ciência para provar o criacionismo; ou dizeres aleatórios para comprovar qualquer que seja a causa promovida. Em suma, a Bíblia já não é um registro da história de Deus, mas uma contribuição para a nossa história. Perde-se, lamentavelmente, a clareza da mensagem de Deus.
Em De Esdras às devoções gnósticas: a importância do método interpretativo, o autor analisa várias tendências interpretativas, desde a época de Esdras até o presente, para demostrar como essas tendências iluminam ou obscurecem a transparência do texto. Esta abordagem trata dos principais períodos da história judaico-cristã, incluindo o judaísmo, o Novo Testamento, a Patrística, a Reforma e outros. O livro aborda alguns métodos usados na era moderna, tais como o feminista, da trajetória, complementar, hermenêutica cristológica e outros. O livro conclui apresentando várias teses que elucidam a doutrina da perspicuidade das Escrituras e vários apêndices que tratam de temas correlatos.