O abandono de si mesmo em Deus é a ação movida pela Fé. Onde há certezas não há abandono. Mas só quando nos abandonamos nas Promessas de Deus e no Amor da Trindade é que encontramos a nossa realização. Bento XVI, em seu livro “INtrodução ao Cristianismo”, afirma que “o homem de fé está preso à cruz, mas esta cruz não está presa a nada”. O mundo nos dá uma ilusão de segurança em nossas certezas e nossos preconceitos. Em Deus temos consciência da fragilidade da nossa existência, mas também de que basta-nos a Sua Graça, como diz são Paulo em 2Cor 12,10. Nossa Senhora, neste sentido, é ao mesmo tempo exemplo de abandono e colo materno para nós, pobres homens perdidos neste vale de lágrimas.