Esta é uma de muitas realidades, uma de muitas histórias, que poderia ser a nossa. Num ambiente familiar de ternura e amor, desenvolve-se uma criança que ao completar seis anos depara-se com uma tragédia: a perda dos pais num acidente, o qual assistiu e nada pôde fazer. A tristeza, o vazio preenchem este coração pequeno. A caixa de música e o diário que os pais e os avós lhe ofereceram vão acompanhá-la ao longo da história. Uma maneira de Inês recordar, desabafar e sentir de algum modo a “presença”/ ausência dos pais.Com a ajuda dos avós maternos, pelos quais nutre um amor profundo e grato, licencia-se em direito. Homenageia assim, a mãe na sua escolha: defender os inocentes. Num dos seus processos descobre o homem que matou os seus pais (outrora dado como fugitivo) e os de outra menina. Tendo pena da criança decide pedir a adoção nesse mesmo processo. A guarda é-lhe entregue, contudo só poderá dar o seu amor de mãe quando a pequena atingir os onze anos, ate lá, ficará num orfanato.Vive um amor de infância de forma intensa e apaixonada. Contudo o próprio amor vai atraiçoá-la. A mãe de Pedro, um médico, irá fazer de tudo para que este amor acabe porque não suporta a ideia de o filho ficar com uma mulher órfã. Infelizmente consegue mas o pior estará para vir. A vida de Inês é como uma rosa …cresceu, floresceu, encantou, fortaleceu, cresceu mas murchou mais cedo do que seria suposto. Uma história de homenagem, uma mensagem transmitida, consciências desassossegadas e muita coisa por dizer. Assim se realizou a Melodia de uma Rosa.