A retidão de pensamento que é a chave da retidão de conduta, é a ajuda mais valiosa que o homem pode prestar a si mesmo, com a certeza de que recebe a ajuda de Deus, que frequentes vezes se confunde com a sorte.A imagem do homem perfeito, modelada pelas boas obras, substituirá o homem caduco, tímido, fraco e vicioso, pelo homem novo, revelado pelo espelho mágico da consciência.Parece uma vulgaridade dizer-se que não teve bom êxito um homem, embora milionário, se a voz da sua consciência o acusar de ter perdido a honra, a integridade e a própria estima, nos meios que empregou para acumular a sua fortuna material.O homem resolvido a se ajudar a si mesmo deve obrar sempre, nos pontos que coincidam com a justiça distributiva, de harmonia com o que lhe dite a voz da sua consciência, e se assim o fizer, fica definitivamente defendido contra os assaltos da tentação e investidas dos prazeres materiais. Porém, se não tiver esta defesa, não espere desfrutar a verdadeira paz, nem obter êxito durável. Quem não se ajuda a si mesmo, escutando a voz da sua consciência, não encontrará ninguém que o ajude. Ao perder a própria estima, perdemos o nosso melhor amigo, que é a nossa ajuda mais eficaz. O homem vulgar, de cultura mediana e vontade débil, que não tenha ainda a experiência bastante para ter fortalecidas as suas faculdades mentais e morais, fica, por via de sugestão, submetido às ideias, aos costumes e às crenças dominantes no seu meio. Fala o idioma, professa a religião e segue os costumes do país em que nasceu e se criou, e os da família em cujo seio transcorreu a sua infância, e, por isso, o seu caráter se modela sob a influência do ambiente.