Eis o Piva aí de novo.Ele e suas crônicas quase sempre nostálgicas de um tempo que todos vivemos – e, se não, quisemos viver.A bola de capotão, o barro, as subidas e as descidas do campo e da vida.O gol sem rede, às vezes com, o goleiro herói, o centroavante vilão, a mulher amada, o futebol e a vida.Esta orelha, me perdoe, não é propriamente para fazer ouvir, mas para dizer da minha alegria cada vez que abro minha correspondência eletrônica e encontro um texto do Piva.É a garantia de que o meu blog subiu para cabecear e dar um presente aos seus leitores, àqueles de bom gosto, capazes de apreciar o texto sensível, a saudade permanente, o gosto da derrota a preparar a vitória final. Que sempre virá.Piva é daqueles torcedores que cultuam o futebol refinado. Faz sentido, não faz? E como!Piva é economista e lida com números como se chupasse picolés. Aí não faz sentido algum, porque deveria se dedicar só a escrever, sobre o que quisesse.Mas quem diz que querer é poder nem sempre tem razão. E uma pena tão especial, no Brasil, é obrigada a trabalhar mais com os números do que com as letras. Uma pena.Seja como for, é indisfarçável minha alegria ao ver as crônicas do Piva para o blog serem reunidas num segundo livro, depois do excelente Eram todos camisa 10.Que venham outros, muitos outros mais.A vida pela bola vale pela vida e pela bola.Que rolam nostálgicas e redondas pelas páginas que você terá o prazer de ler.Vai, Piva!
JUCA KFOURI