Nos Lábios do Tempo, Lídia de Talya, bem casada e com dois filhos adultos, culpa-se do seu destino falhado. Das muitas vezes que se ausenta de casa Lídia, por um tempo, torna-se numa sem-abrigo. Priviligiada pela boa ou má sorte, um dos seus encontros de rua marcará para sempre o seu destino. Divorcia-se do marido para casar com o homem que julgou abrir-lhe as portas dos seus sonhos, mas, em vez disso, Lídia enfrenta um doente bipolar que a maltrata e que, entretanto, desaparece. Ela vai encontrá-lo, muitos meses depois, no Facebook o que a leva a fazer um perfil com o nome de Rougie L. Ele apaixona-se, sem imaginar quem ela é. Depois de uma cirurgia plástica que corre mal, Lídia tenta encontrá-lo em Londres, mas…“…”saturo-me de pensamentos e anseios.Revolvo-me de medos e penas, luto viva numa fogueira ardente de noites e madrugadas sem soluções. hoje descobri-me e olhei para mim. Vou vencer onde perdi. Vou ganhar onde fui destruída. Quero ser o que tinha decidido, vencedora. Amo os passos que dei e os que dou…”“…descansei sempre no fundo da minha alma, ao relento de todos os medos. Sem abrigo dentro de mim adormeci em todos os braços da noite. fui os sonhos, todas as luas que estreei. Pois. Foi isso, os palcos dos meus egos, a estremecerem até caírem…”Lídia de Talya tem desde a sua adolescência um grande amor, o arquiteto António, homossexual que a ama e que se confrontou ao longo dos anos com Zé Maria, marido de Lídia. Mas o destino de António tem os dias próximos condenados. A cocaína que entrega no elevador da Bica é entregue, mas uma criança…