Um pai dedicado, uma mãe amorosa e sete crianças travessas, uma típica família do interior de Goiás na década de 1950 e, como tal, moravam em uma fazenda, com direito a uma acolhedora casa de paredes de adobe e piso de terra batida, luz de lamparina à querosene e fogão caipira.A comida de que precisavam era plantada ali mesmo na roça ou tirada da horta que ficava no quintal. Os porcos e galinhas que criavam forneciam a carne. Quase todas as roupas eram feitas com o algodão que plantavam. O que faltasse era conseguido com os fazendeiros vizinhos, por meio de troca.Ir para a escola não era fácil, os irmãos tinham de caminhar, com os pés descalços, pelos trieiros no meio do pasto, entre bois, vacas e bezerros, atravessando córregos e as cercas de arame que dividiam as fazendas.Além dos estudos e trabalho na roça, havia também os pagodes com viola, violão, sanfona, pandeiro, cantoria, dança e muitos foguetes para o alto. Ah, e tinha sempre uma fartura de comida gostosa. Os brinquedos eram fabricados por eles próprios e, com tantos irmãos, as travessuras eram muitas!