Os meus amigos sempre me disseram que devia escrever um livro, porque acontecem-me sempre coisas muito estranhas. Parece que tenho o dom de atrair qualquer situação absurda.
Acontecem-me coisas estranhas até quando vou ás compras ao supermercado, por isso não queiram imaginar a minha vida com vinte e pico anos, depois de ter acabado com um relação de mais de sete anos, e quando voltei a ser solteira. Não houve um único dia em que não saísse á noite que não fosse digno de ser partilhado, nem um único domingo em que não tivesse umas dez janelas de chat abertas a pedir as novidades desse fim-de-semana. Foi nesse momento que pensei “Se calhar devia escrever um livro. No fundo, o conteúdo e as expectativas já os tenho”.