A obra convida o leitor a uma reflexão sobre o modelo de acesso à Justiça, ao Judiciário e ao direito que permeia o inconsciente coletivo da sociedade brasileira e do meio jurídico, questionando mitos e tabus, para a busca de um modelo mais eficiente.O autor aborda fatores como corporativismo, má gestão, reservas de mercado, disputas entre as carreiras jurídicas e com outras carreiras; lobby junto ao Legislativo e Executivo para que se mantenha burocracias processuais, bem como o excesso de concessão de justiça gratuita por falta de critérios objetivos. Além disso faz também comparação com outros países, sendo que o trabalho decorre de pesquisa de Mestrado, a qual buscou analisar amplamente fatores não explorados. Dessa forma o trabalho questiona o senso comum de que falta dinheiro e pessoal para acesso à justiça. Afinal, embora o discurso da maioria jurídica dominante seja no sentido de busca pela paz social o que se vê na prática é que a guerra processual e a eternização dos conflitos em busca de uma justiça infinita acabam beneficiando os Bacharéis em Direito com mais mercado de trabalho, uma verdadeira indústria de processos judiciais e sem interesse efetivo na via extrajudicial.