“Vivemos tempos incertos”. Esta frase frequentemente repetida, e que se encaixaria bem a um cenário medieval, hoje encontra, mais do que nunca, lugar em nossa sociedade – infelizmente. Os valores humanos, tão caros em outros tempos, são postos à prova; estamos órfãos e acéfalos de exemplos, sobretudo de representantes que deveriam exprimir e fazer operar, verdadeiramente, os desejos do povo. E quem apanha, literalmente, essa carga? Os pobres, os negros, os homossexuais, as mulheres e tantas outras minorias. O que sobra? O homem, branco, maior e rico. É só passar uma vista na cúpula do executivo.Não deve ser assim. Apesar de quererem dar ares de normalidades aos abusos, não se pode acostumar, como se fosse lugar-comum, às iniciativas lesivas às pessoas, geralmente – e digo isso com profundo pesar –, marginalizadas e invisibilizadas. Portanto, com esse compilado de escritos, para e sobre o social, debruço-me sobre questões que me inquietam, com reflexões de pontos do cotidiano, esfolados em praça pública pela barbárie, com até bastante insensibilidade para um estado que propõe ser: social. Segundo as minhas percepções, tenho a humilde pretensão de animar novas iniciativas; fazer pensar a humanidade como um conjunto coeso e necessário, de um olhar mais sensível para a promoção e a proteção humana pela alteridade.A obra é um projeto que surgiu do meu blog vulgar: http://www.ambulatoriar.blogspot.com.br.Com muito carinho, o autor.