Liliane, quando criança, achava que ser bastarda era uma doença que herdou de seu pai. Não entendia por que era a única escrava clara entre todos os escravos que conhecia.Aos seis anos foi tirada dos braços de sua mãe e passou a compreender que ser bastarda não era hereditário, era uma doença social: era discriminada apenas pela cor de sua pele. A pequena Lili, assustada e frágil, em uma carroça em frente à casa-grande onde vai viver e servir conhece o menino Pedro, filho do senhorio e dono dos olhos mais verdes que já viu, que a consola e faz uma promessa: “vou ser seu amigo e cuidar de você sempre, ninguém vai te machucar e você nunca mais vai ficar sozinha”. Quando eles crescem e percebem que a amizade inocente que nutriram se tornou o amor de homem e mulher, começam a fazer planos de se casar e viver longe daquela sociedade racista. Mas quando a senzala ama, a casa-grande arranca seu coração. Outras pessoas entrarão em seus caminhos para impedir que fiquem juntos, manipulando e conspirando contra, assim, os dois terão suas rotas alteradas e seus sentimentos serão colocados à prova. Entre dor e desejo, ódio e paixão, suas vidas opostas terão sempre uma coisa em comum: eles nunca esqueceram.