O pensamento humano ainda é o fator decisivo nos mercados, nos mais variados processos de tomada de decisão. Porém, esse pensamento passa a dividir e competir cada vez mais com o a inteligência artificial das máquinas criadas pelos humanos para apoiar ou até mesmo substituir muitos de seus processos cognitivos.Então, só resta a nós, humanos, evoluirmos em sabedoria, para sobrevivermos.Assim como o aprendizado de máquina, ou machine learning, abre as portas para a evolução da inteligência artificial, a evolução da ciência e computação cognitiva abre as portas para uma ciência ainda mais evoluída: a Biologia Artificial.Uma ciência composta por um ecossistema onde o pensamento artificial é a realidade e apenas mais um elemento de um grande ecossistema de seres simulados e criados a partir dos computadores, imitando a natureza de forma artificial, mas com resultados cada vez mais eficientes no mundo real.Uma característica da Biologia Artificial, como proponho nesse livro, é a independência e autonomia de evolução dos modelos nas mais variadas hierarquias.Por exemplo, robôs descobrem novos medicamentos e testam eles em populações virtuais, que automaticamente são selecionadas para testes reais. Ou ainda, outros robôs descobrem novas estratégias e testam elas em mercados virtuais, que automaticamente são selecionadas para testes reais.E nos ecossistemas de Biologia Artificial, a inteligência real e artificial se mistura e se confunde, sem regras ou limites de interação, baseados, evidentemente, apenas em princípios morais e éticos, e as leis que determinam as regras de condutas de seres vivos artificiais.Mais ainda, as capacidades cognitivas são cada vez mais ferramentas operacionais coletivas, assumindo níveis de consciência cada vez mais sociais e elevadas, com responsabilidade em relação à evolução das espécies, de forma planejada e inteligente.E, como substrato da vida artificial, na Biologia Artificial, o mais relevante é que as decisões baseadas apenas no indivíduo competem com as decisões baseadas no coletivo, sempre focadas na evolução dos ecossistemas virtuais e reais.Além disso, inteligência e sabedoria passam a competir em ecossistemas virtuais e artificiais, sempre com validação de resultados no mundo real.E, ainda mais que a inteligência artificial, a sabedoria artificial será cada vez mais fundamental para a construção e testes de modelos baseados em seres que imitam e simulam a própria natureza, e sua evolução.