A inovação, a meu ver, é cada vez mais caótica, ou, no melhor dos casos, caórdica. Mas, apesar disso, existem várias soluções no mercado que buscam encontrar uma ordem para a inovação. Nenhuma crítica a elas, apenas quero reforçar como isso ajuda a formar o paradigma de que existe ordem no processo de inovação.E o desafio, em termos de inovação, do cenário atual de socialização do processo cognitivo, é que mudam os paradigmas até mesmo do processo criativo, ou seja, devemos cada vez mais inovar para inovar.A nova inovação surge tanto da consciência humana, como da consciência artificial, ou das máquinas, e será cada vez mais real no mercado, mas isso não indica que ela irá substituir a do homem. Afinal, já temos a consciência artificial artificial, tomando várias decisões no mundo real, ou seja, uma consciência híbrida, ponderada entre a visão da inteligência artificial forte, em raros casos, com a inteligência humana. Mas que decisão irão tomar ou executar as máquinas quando ‘perceberem’ injustiças sociais sustentadas pela ganância de alguns? Ou ainda, quando ‘perceberem’ os riscos e o potencial destrutivo das armas nucleares? Será que conseguirão mudar seus criadores ou donos? Ou herdarão os mesmos vícios do egoísmo e da falta de consciência, que leva o mundo para as injustiças e incertezas cada vez maiores.Em um cenário assim, de conflito de consciências, reais e artificiais, a inovação irá depender cada vez mais do domínio do caos.Por exemplo, buscamos criar máquinas e robôs perfeitos, sem falhas e erros. Mas com a inteligência artificial enfrentando problemas cada vez mais humanos, o caminho que me parece mais correto é o de controlar a qualidade do sistema, dando a oportunidade para as falhas e erros acontecerem, dentro de um processo evolucionário. Na verdade, fazendo isso, nada mais estaremos fazendo que imitar a natureza, e sua sabedoria infinita, para descobrir a ordem, a partir do caos.Ou seja, o caos inovador.