Quem hoje visita a Ilha Grande, atraído pela sua exuberante beleza natural, talvez não faça ideia de quantos capítulos da história do Brasil já foram escritos em seu território. Caminhando pelas trilhas que cortam a mata, o visitante pode ser surpreendido pelo encontro de alguns vestígios desse passado, como as ruínas das instituições penais que lá funcionaram por um longo período. Implodidas logo após sua desativação, as prisões da Ilha Grande e demais construções a elas diretamente relacionadas formam um rico material de estudo e pesquisa que, aos poucos, vai se deteriorando pela ação implacável do tempo. A fotografia, ao congelar o momento em que o registro fotográfico é feito, permite resguardá-lo para a posteridade e proporciona a oportunidade da sua revisitação futura em qualquer época. Lançando mão desta valiosa ferramenta, o autor procura contar um pouco da história dos presídios da Ilha Grande através de uma narrativa simultaneamente textual e fotográfica.