O perispírito como envoltório espiritual é conhecido desde tempos bem remotos. Os iniciados egípcios da antiguidade chamavam-no de Kha; os cabalistas conheciam-no como Rouach; os indianos designam-no como ‘Linga-sharira’; os judeus admitiam a existência do Néphesh; os gregos antigos nomearam o perispírito como Ochéma; os pitagóricos o intitularam como o carro sutil da alma; Aristóteles o cognominava de corpo sutil; Paracelso descreveu-o como corpo astral. Paulo de Tarso intitulou-o de corpo incorruptível. Do passado distante até hoje cada povo e cada doutrina deu uma designação diferente para essa “cobertura” espiritual. Em meados do Século XIX, Allan Kardec usou o termo “perispírito” para nomear o corpo que envolve o espírito. Todavia, o Codificador não fez menção nenhuma ao corpo mental, e o termo perispírito foi usado englobando outros campos (ou corpos) que envolvem o ser inteligente. Porque além desses dois citados, ainda temos o duplo etéreo que representa um agente intermediário incomensuravelmente importante para a economia orgânica.Portanto, a palavra perispírito é referente à Doutrina Espírita, mas o corpo espiritual sempre existiu e foi conhecido pelas mais diversas culturas, conforme já citamos acima. Quando Kardec atuava em seu trabalho de codificação da Doutrina dos Espíritos, ele inferiu que o perispírito elucidava uma série de questões que anteriormente ficavam sem resposta. Com a presença do perispírito uma quantidade muito grande de fenômenos é mais facilmente explicada, saindo assim tais eventos do campo do sobrenatural para o natural, porque quando um efeito passa a ter uma explicação natural ele não pode mais ser tido como algo que extrapola as leis da Natureza.