Este livro vai mostrar todo um processo em que a colonização brasileira foi viabilizada pela atividade açucareira, que por sua vez utilizou trabalho escravo africano.Com o passar do tempo o café passa a ser o principal produto agrícola brasileiro de exportação a partir da terceira década do séc.XIX, e esta cultura cresce a expressivas taxas.No momento em que a agricultura estava a precisar de mais mão de obra escrava, com a expansão cafeeira,o fluxo de escravos africanos é interrompido com o fim do tráfico negreiro,que deve ser encarado como quase que uma “imposição” da Inglaterra.Uma grande massa de imigrantes europeus é introduzida no país para sanar a escassez de mão de obra da atividade cafeeira.Os imigrantes se integram a economia brasileira basicamente sob duas formas de trabalho, o “colonato” no campo e o “assalariado” nos centros urbanos.Os centros urbanos das regiões do café, experimentam um grande crescimento populacional, provocado pela transferência de imigrantes do campo para a cidade.O crescimento urbano gera o surgimento de um mercado interno para “bens de salários”, e supri a indústria nacional de “trabalhadores proletários”.A indústria cresce bastante nesta fase e se especializa na produção de “wage goods”, a maior concentração de capitais da indústria está situada nesta produção.Comparando-se a economia “escravista-açucareira” com a “cafeeira”, a primeira é incompatível com a industrialização.A razão do atraso econômico-industrial brasileiro tem sido uma preocupação de muitos estudiosos da economia brasileira, e este livro representa um ponto de vista a este respeito.O presente trabalho se propõe a tentar mostrar como se deu a introdução no país de relações de trabalho mais avançadas e compatíveis com o desenvolvimento capitalista industrial, e quais os motivos que levaram a esta mudança.