A presente obra pretende realizar uma problematização filosófica da estratégia política e anarquista da TAZ (Zonas Autônomas Temporárias), utilizando da filosofia política contemporânea e principalmente o pensamento de Michel Foucault. Para isso, trabalharemos principalmente com dois conceitos extraídos da filosofia de Foucault: em primeiro lugar, a noção de “práticas de liberdade” em contraposição aos “processos de liberação” e, em segundo lugar, o conceito de resistência política. Dessa forma, realizamos uma problematização filosófica da TAZ respeitando os seus principais objetivos, tais como descritos por Hakim Bey: 1) oferecer aos sujeitos (ou indivíduos políticos, se se preferir) experimentações imediatas de liberdade; e 2) resistir aos poderes sem confrontá-los direta e reativamente.